Quem sou eu?
O meu nome é Rute. Tenho 18 anos e vivo na cidade mais pequena da Europa. Escrevo para soltar palavras escondidas e conto a minha história para não ficar calada. Uma história simples de uma grande sonhadora.
Eu sei. E p(r)onto.
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Sei porque sim. E sim, creio que nestes momentos não é necessário justificá-lo. Sim. Esqueço-me de todas as aulas de psicologia que tive e que me explicaram que preciso de justificações válidas para definir as atitudes do meu coração. Esqueço-me de todos os professores que, apesar de estarem sedentos por respostas, encontravam as suas motivações em justificar tudo o que respira. Esqueço-me daquilo que o mundo parece impingir na minha vida. Esqueço-me das ideias que tentam gravar no meu coração.
Esqueço. Epá, esqueço mesmo. Dou a volta a cabeça com tanta justificação. Quem diz que tem que ser assim? Quem pensa que tem que ser realmente assim? Não tem! E quem diz que tem, não está certo. Não está porque não está. Porque a verdade é que qualquer coração se sobrepõe aos ditados dessa coisa enorme que ronda o mundo e que nos tenta dizer como agir.
Não tem que ser assim. E na realidade não é.
Nunca deixo que me ensinem que tudo tem que ser justificável, porque não tem. Não tem porque há justificações injustificáveis. Há justificações que não se podem explicar. Há justificações que apenas fazem sentido para mim e é só para mim que têm de fazer sentido. Não tem que ser justificável porque não tem.
E por isso.
E por isso eu sei que estás comigo.
Eu sei que estás comigo porque sei. E a minha afirmação é válida porque é.
Eu sei que não fico sozinha porque sei que estás comigo.
Eu sei que tenho força porque sei que estás comigo.
Eu sei que posso tudo porque sei que estás comigo.
Eu sei que sou feliz porque sei que estás comigo.
Eu sei que sou amada porque sei que estás comigo.
Eu sei que sempre será assim porque sei que estás comigo.
E sei que estás comigo porque sei.
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