Sonhos de um segundo.

0 Comments



    
  Pensamentos que pairam na cabeça de uma vida simples. Sonhos que preenchem um coração perdido e desejos que completam almas. Planos prováveis. Sonhos concretizáveis. Tudo desabafos de alguém que sonha com um futuro que sorri.

  Parei num pequeno jardim. Sentei-me, olhei à volta, e pensei. Enquanto o meu cérebro e o meu corpo funcionavam em lateralização hemisférica, suspirei por um segundo e pela primeira vez na vida percebi a fragilidade de uma respiração. Senti a inquietação que existe no sorriso de uma criança. Enquanto as via a correr e a gritar senti a saudade da despreocupação. Senti que talvez a  minha vida estivesse a passar por mim a todo o vapor e sem medo de eu não a estar a acompanhar. Quem diria que em tão pouco tempo de vida eu já tivesse que decidir o futuro. Nunca pensei ter de o fazer e nunca pensei ter capacidade para tal.
   Admito que senti uma certa inveja quando olhei para aquelas crianças, gostava de não ter que pensar sempre naquilo que o meu cérebro ainda não consegue processar. Sim, sinto a falta de ter alguém a tomar decisões por mim,  e sim, sinto falta de poder descansar depois de um dia cheio, sem qualquer tipo de medos. 
  Por outro lado, confesso que apesar de toda a incerteza me sinto entusiasmada. Entusiasmada por saber o que me espera. Saber aquilo que Deus tem preparado para mim. Viver grandes histórias que um dia poderei contar aos meus netos. Sentir a brisa de um passeio à beira mar junto da pessoa com quem escolhi partilhar a vida. Poder acordar todos os dias e fazer algo que adoro. Poder servir os outros em todo e qualquer momento. Poder ensinar e aprender. Poder sorrir e especialmente fazer sorrir. Mas acima de tudo, sinto-me entusiasmada por chegar ao fim e dizer que eu vi, em cada momento da minha vida, que Deus me mostrou que estava ao meu lado, Ele mostrou-me que viver não é só uma bênção, mas que posso aprender a tornar-me também uma bênção para os outros. Ele ensinou-me a amar e a ser amada. Ele ensinou-me a dançar quando chove, a rir quando tudo dói e acima de tudo, a olhar para cima quando tudo a volta parece um chão sem saída.
  São pensamentos que, por vezes, invadem a minha pequena mente e a obrigam a sonhar. Gostava de sonhar menos, confesso. Mas também afirmo que, por vezes, o problema das vidas não é sonhar demais, é sonhar pouco.




You may also like

Sem comentários:

Com tecnologia do Blogger.

Hide Top Background Image

Slider Style Setting

Home Style Widget

Video of the Day

Our Team

featured Slider

Popular Posts

About Author

FOLLOW US @ INSTAGRAM

Latest Post

Flickr Images

LATEST POSTS